A Receita Federal tem controle sobre
todas as nossas receitas. Ela sabe exatamente o quanto de dinheiro existe na sua
conta.
E como isso é possível?
Tudo isso é possível, pois existe um
monitoramento amplo da Receita Federal.
CRUZAMENTO
DE INFORMAÇÕES
Ela tem um documento que é entregue
pelos bancos chamado e-Financeira, que contém todos os valores transacionados.
E essa informação fica arquivada na
Receita Federal para que seja usada no momento certo.
E a informação que ela tem para cruzar
com essa é a que fazemos como profissionais contábeis entregando as obrigações
dos nossos clientes.
Essas obrigações estão presentes na
DEFIS ou no próprio DAS gerado, mês a mês, que contém a receita ocorrida nas
empresas do Simples Nacional, e nas empresas do Lucro Presumido.
Temos, também, a ECF que reúne as
informações que Receita Federal precisa.
A Receita tem as duas pontas da
informação.
INFORMAÇÕES
BANCÁRIAS
Ela tem o valor que foi transacionado
pelas empresas que são feitos através de bancos. Hoje ninguém mais faz
operações com dinheiro vivo, por várias razões, para fugir dos valores
declarados à Receita Federal.
A Receita Federal pode retroagir sempre
05 anos para análise de informações e isso começa a gerar um grande problema
para as empresas que não estão declarando corretamente.
Na prática sabemos que a Receita Federal
recebe muitas informações e está guardando essas informações e oportunamente
ela revê com as empresas as informações que ela tem guardadas pedindo
explicações.
E com isso as empresas nem sabem como
justificar todo o processo.
Não podemos brincar com o fisco.
INFORMAÇÕES
CONTÁBEIS
Toda empresa tem que fazer os registros
contábeis do que acontece dentro da movimentação financeira que ocorre no
banco.
Esses
registros ficam disponíveis para a Receita Federal através da ECD
(Escrituração contábil digital).
O balanço, junto ao demonstrativo de
resultados do exercício, são cruzados e servem para a gestão do seu negócio.
Imagine que cada transação
de entrada de valores na sua empresa gera uma informação dentro do seu ativo,
pois o está aumentando, não há como não declarar um valor que entrou na sua conta corrente, e quando não há a
origem do registro é preciso informar que ela não é identificada.
Da mesma forma acontece com a saída, com
compras, fornecedores, retiradas e etc.
Tanto as despesas como as entradas vão
constar no seu demonstrativo de resultados e ficarão registradas dentro desse
livro diário e ele é digital, é onde começa o grande “problema”.
Antes, se a Receita Federal precisasse
fazer uma fiscalização era enviado a ela o livro diário, esse livro tinha que
ser impresso, encadernado e registrado na junta comercial.
E ao receber isso o fiscal manualmente
começava a olhar as contas da empresa.
E com o livro eletrônico isso acabou,
pois a Receita a partir de um simples comando consegue cruzar as informações
relativas a diferentes contas da empresa.
Existe um padrão desse livro digital
para a receita, existe uma conta referencial da qual este padrão deve ser
respeitado e essa conta referencial inclui todo esse processo de fiscalização.
Então são entregues as informações
relativas a e-Financeira, as informações que os bancos enviam e ficam
disponíveis, junto a isso são entregues declarações que as empresas contábeis
fazem dos seus clientes, e no final de cada ano quando se fecha o balanço
reúne-se a informação dessa ECD, e então são coletadas também as informações
das pessoas físicas e a Receita Federal tem acesso a tudo isso.
PROCESSO
DE FISCALIZAÇÃO
E é claro que no Brasil pagamos muitos
impostos e na maioria das vezes não enxergamos uma “contrapartida”, não há
segurança, saúde e outros atendimentos básicos que quando ausentes te fazem
gastar mais, mas enfim, olhando sob o ponto de vista tributário, se não
pagarmos os impostos além de pagar caro por todo o meio que precisamos ainda
vamos pagar caro num processo fiscalizatório.
Uma declaração inexata de informações
vai gerar a você uma multa de no mínimo 75% sob o valor não declarado.
E olhando o imposto que é pago na sua
pequena empresa ele é muito menor, e em minha opinião correr esse risco não
vale a pena.
O preço dos impostos sempre será muito
menor quando comparado ao risco de uma fiscalização e possível autuação da
Receita Federal.
E por mais difícil que isso possa ser,
você precisa proteger o seu negócio e a sua pessoa física. Faça o seu recolhimento tributário de
forma correta.
Isso vai evitar muitos problemas, trará
legalidade aos seus rendimentos e fará com que possa trabalhar com maior
tranquilidade.
Não basta ganhar dinheiro, é preciso
protegê-lo também.
FONTE:Tactus
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